Pelo direito de decidir sobre o seu corpo, mulheres marcharam em várias capitais do país no dia 26 de maio. Em Vitória, a marcha uniu mulheres, homens, homossexuais, sindicalistas e integrantes de entidades e dos movimentos sociais que defendem o fim do preconceito e da violência de gênero.
O CRESS-17 marcou presença na marcha com a participação de várias conselheiras da entidade. Confira as fotos aqui.
A concentração foi na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). De lá, as/os manifestantes marcharam pela ruas de Jardim da Penha, atravessaram a ponte Ayrton Senna e foram até a Praça dos Namorados, na Praia do Canto.
Pelo caminho foram cantadas palavras de ordem e distribuídos panfletos para mostrar à sociedade as razões e reivindicações da marcha.
*Saiba mais:
A Marcha das Vadias, também conhecida internacionalmente como Slutwalk, foi criada no Canadá após um representante da polícia ter declarado em uma palestra sobre segurança numa universidade que as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias para não serem vítimas de estupro.
Diante dessa declaração machista, as estudantes decidiram protestar, criando um movimento organizado pela internet, que começou com um protesto em Toronto e se espalhou por várias cidades do mundo, como Los Angeles, Chicago, Edmonton, Estocolmo, Amsterdã, Edimburgo e muitas outras.
No Brasil, a primeira aconteceu em São Paulo, depois em Recife, Belo Horizonte e Brasília. A iniciativa continua se espalhando pelo Brasil. No dia 26 de maio deste ano, mulheres de todo o mundo estão na rua manifestando pelo direito a igualdade entre os sexos, em especial à luta pelos direitos sexuais e reprodutivos.
Entendemos que é inaceitável a sociedade dizer “mulher, cuidado para não ser estuprada” em vez de “homem, não estupre”, mas ouvimos isso toda hora. Exatamente para combater essa cultura que responsabiliza a vítima feminina pela agressão, surgiu esse protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre.
“Marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento. Marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar. Marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puní-las para corrigir o que consideram desvio sexual. Marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa. Marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e marcharemos até que todas sejamos livres!”
*Fonte: página da marcha no Facebook.
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