Será nesta sexta-feira, 11 de maio, às 14 horas, no Plenário da Assembléia Legislativa. Na quinta, 10, haverá um encontro com as parlamentares que compõem a Comissão
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher estará no Estado Espírito Santo para uma Audiência Pública nesta sexta-feira, 11 de maio, às 14 horas, no Plenário da Assembléia Legislativa.
Estarão presente gestores públicos do Estado, mas como se trata de uma Audiência do Senado Federal, não haverá espaço para debate com o público presente.
Nesse sentido, a Associação de Mulheres Unidas da Serra (AMUS) solicitou às parlamentares da CPMI que houvesse um espaço para que as organizações da sociedade civil pudessem emitir suas opiniões sobre a realidade da violência contra a mulher no Espírito Santo.
Para isso, será realizado um encontro com as parlamentares que compõem a CPMI no dia 10 de maio, quinta-feira, das 16h às 18h30, no Auditório I da Assembléia Legislativa, em Vitória.
Esse encontro também subsidiará os questionamentos que serão feitos aos representantes governamentais na Audiência Pública.
“Estamos contribuindo, na medida do possível, na elaboração de um dossiê que será entregue à CPMI da violência contra a mulher e na organização da reunião do dia 10. É importante que as/os assistentes sociais estejam mobilizados para os dois dias e participem desses espaços”, ressaltou a vice-presidente do CRESS-17, Nildete Turra.
Campeão de homicídios
No Espírito Santo, os números da violência contra a mulher são alarmantes. Em 2008, foram 10,9 mortes para cada 100 mil mulheres, segundo dados do Mapa da Violência 2011. Clique aqui para conferir.
Com esse número, o Estado manteve o primeiro lugar no ranking nacional. Em 1998, a liderança nesse tipo de violência também era capixaba, com 11,3 mortes para cada 100 mil mulheres.
Segundo o estudo, as armas de fogo continuam sendo a principal causa dos homicídios, tanto femininos quanto masculinos, só que em proporções diferentes.
“Nos (homicídios) masculinos, representam quase três quartos dos incidentes, enquanto nos femininos, pouco mais da metade. Já outros meios, além das armas, os quais exigem contato direto, como objetos cortantes, penetrantes, contundentes, sufocação etc., são mais comuns quando se trata de violência contra a mulher”, denuncia o Mapa da Violência.
Ainda segundo o levantamento, outra informação registrada na Declaração de Óbito é o local do incidente que originou as lesões causadoras da morte da vítima.
“Entre os homens, só 17% dos incidentes aconteceram na residência ou habitação. Já entre as mulheres, essa proporção se eleva para perto de 40%”, revela.
Esses dados apontam que na maioria das vezes a agressão à mulher parte do próprio companheiro, marido, namorado ou do pai.
*Com informações da AMUS.
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